domingo, 28 de setembro de 2014

O VALOR DAS PESQUISAS ELEITORAIS

Todo ano eleitoral temos as famosas pesquisas de intenção de voto. Elas nos dão uma ideia de como os candidatos e suas propostas estão convencendo os eleitores. Elas também indicam aos candidatos se devem manter ou não certo estilo de marketing eleitoreiro. Não duvido que haja pessoas sem convicções que votem no candidato que está na "frente". Afinal quem gosta de perder? 

Mas, é uma baita ilusão.  Segundo a última Pesquisa Datafolha, se a eleição fosse hoje, Dilma Rousseff (PT) teria 40% das intenções de voto. Marina Silva (PSB), aparece com 27%. Aécio Neves (PSDB) tem 18%. Será que teremos esse resultado nas urnas? Vejamos:

Em 2006 as pesquisas indicavam Geraldo Alckimim (PSDB) com no máximo 33%, mas ele o teve 42% dos votos. Realmente não ganhou como indicavam as pesquisas que apontavam a reeleição de Lula (PT) que se confirmou nas urnas. Mas, a pontuação de Alckimin ultrapassou em muito a chamada margem de erro (dois pontos para mais ou para menos). 

A pesquisa Datafolha apontou um empate técnico entre Dilma e Marina no segundo turno
 (fonte: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/)

Por que as pesquisas às vezes não acertam? Primeiramente, existe o grau de confiança, que normalmente é de 5%. Isso quer dizer que a pesquisa tem uma chance em vinte de estar errada além das margens de erro, mesmo que não contenha falhas técnicas nem má-fé. Em segundo lugar, as pesquisas às vezes contêm sim falhas técnicas, não refletindo com exatidão as diversas variáveis relevantes (tais como nível de renda, sexo, faixa etária, escolaridade, local de moradia, etc.). Outrossim, os níveis diferenciados de abstenção e de anulação involuntária de votos freqüentemente não são captados pelas pesquisas. 


Não podemos descartar a possibilidade de haver certas "pesquisas", feitas com o objetivo tendencioso para estimular a militância, os doadores (investidores?) e dos próprios (incautos eleitores). 

Não votemos baseados em pesquisas eleitorais, embora elas tenham seu valor. Votemos baseados em nossas convicções sobre nossos candidatos e seus programas.

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